terça-feira, 30 de agosto de 2011

Estereótipos, Preconceito e Discriminação


Estereótipo é um conjunto de crenças, de ideias “feitas”, que transmitem uma imagem simplista de um objecto ou pessoas. Generalizam todos os elementos de um grupo a partir do comportamento de alguns deles. Há, portanto, uma categorização, uma classificação positiva ou negativa em relação ao outro, que surge das interacções sociais.
O preconceito é também uma atitude e tem como base o estereótipo. Através da informação do estereótipo faz uma avaliação, um pré-juízo em relação aos outros indivíduos e aos grupos que os constituem.
Por sua vez, a discriminação são os comportamentos que derivam dos estereótipos e dos preconceitos. Geralmente são negativos e podem acentuar-se em situações de crise (política, económica, social...), variando entre o afastamento à violência e agressão.
Com ou sem intenção acabámos por discriminar os outros graças a casos particulares. “Paga o justo pelo pecador”.
Porém, é importante referir que tanto os estereótipos como os preconceitos se podem alterar, fazendo com que o acto discriminatório deixe de existir. Perante acontecimentos extraordinários onde vários elementos ou vários grupos sejam obrigados a conhecerem-se melhor, constatar-se-á que, muito provavelmente, esses indivíduos não possuem as características negativas que se julgavam ter. 
Mas porque razão ou razões existem os estereótipos, os preconceitos e as discriminações?
À semelhança do que já foi dito, os estereótipos permitem-nos simplificar a realidade social, definindo-se o que está certo e o que está errado. Deste modo, possibilitam-nos uma maior adaptação ao meio que nos envolve – função sociocognitiva. Além disso, através deles reconhecemo-nos num determinado grupo (endogrupo), distinguindo-o de todos os outros (exogrupo). Somos o que somos porque pertencemos a um conjunto específico de elementos, desenvolvendo-se os sentimentos de “nós” e de “eles”, bem como os sentimentos de protecção em relação aos indivíduos com quem nos identificamos e de hostilidade em relação aos indivíduos diferentes de nós.
Relativamente aos preconceitos existe também uma função socioafectiva que explica a sua existência. Tal como acontece com os estereótipos, estes visam a protecção e a coesão do grupo, em detrimento dos restantes.
Por fim, a discriminação é fruto dos dois factores anteriores. Perante a cultura, a época, e as formas de cada um pensar em particular existem diferentes formas de discriminação e diferentes grupos vítimas de discriminação. Varia consoante os valores considerados mais ou menos importantes para seres humanos diferentes.

Fonte: MONTEIRO, Manuela Matos, FERREIRA, P. T. (2007), Ser Humano, Psicologia B, Porto Editora.

Um comentário:

  1. Opiniões feitas pela aparência da pessoa.Realmente não podemos ter este preconceito, devemos nos dar oportunidade de conhecer as pessoas. Elizeth

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